O Big Brother Brasil ainda atrai bastante a atenção do público. Muito se fala sobre uma queda na audiência do programa, mas isso é algo cada vez mais difícil de medir já que graças aos avanços tecnológicos, existem outras opções de consumo do programa, como o serviço de streaming da Globo, o Globoplay.
Assim como um fenômeno recente de pessoas que acompanham o programa quase que exclusivamente apenas através de redes sociais, preferindo ver vídeos cortados e postados por fãs, páginas e até mesmo administradores e equipes de participantes, do que acompanhar seus episódios pela televisão.
Entretanto, nas última edição houve uma surpreende queda no número de votos, sendo notável, por exemplo, a quantidade de votos na final do BBB 22 que rendeu 751 milhões de voto, em comparação à final do BBB 23, com apenas 76 milhões. Contudo, ainda não é possível afirmar que o programa perdeu sua relevância, afinal ainda motiva milhões de votos, movimenta seguidores em redes sociais, gera debates e produz dados interessantes que podem dizer algo a respeito de parte da sociedade brasileira.
Sendo um produto voltado ao entretenimento, baseado na observação de “pessoas desconhecidas” (o que foi parcialmente alterado desde 2020 com a inclusão de participantes que já sejam dotados de certa fama) ele é frequentemente menosprezado. Porém, até mesmo aqueles que o classificam como “ápice da futilidade”, não podem negar que o programa tem gerado discussões que remetem a questões mais profundas e relevantes.
Houve um tempo, em que muitos diziam que o programa era pura “alienação”. Nos últimos anos a frase “Fui ver para me distrair, me alienar e me deparo com tortura psicológica…” tem sido falada nas redes sociais de alguns espectadores do BBB. Além da (cada vez mais citada) tortura psicológica, machismo, racismo, transfobia tem surgido com temas em discussões sobre o Big Brother Brasil e estão sendo mais amplamente discutidos pelo menos desde o BBB 17 (que culminou com uma expulsão motivada por atos em um contexto considerado por muito como de um relacionamento abusivo). Dessa forma, já não dá mais para classificar o Big Brother Brasil como “mero entretenimento” e desconsiderar o potencial em, no mínimo, evocar uma conversa mais importante.
Por outro lado, também não é possível esquecer que ele é, sim, um jogo. Um jogo que traz narrativas através da forma que os participantes interagem entre si. Portanto, qualquer análise sobre o BBB não pode retirar os atos que ocorrem na casa de seus respectivos contextos. Tendo em isso em mente, é preciso cuidado ao analisar as informações que surgem a partir do programa e a informação que mais se destaca são as porcentagens das votações do paredão (como é apelidado o processo de eliminação do participante).
Essas porcentagens são, então, dados. Por causa disso, podem ser analisadas sob um olhar que tente compreender esses dados e o que eles podem nos dizer, não de maneira isolada (que é apenas qual participante sofreu mais votos), mas em conjunto, não apenas os resultados do paredão de uma edição, mas de todas. Não apenas as porcentagens de votos, mas a quantidade total de votos, a audiência, a quantidade de citações nas redes sociais etc.
Obviamente, que analisar tantos dados é uma tarefa difícil e que exigiria muito tempo dos possíveis leitores, razão pela qual essa reportagem terá como recorte uma parcela bem limitada disso tudo: as relações entre a porcentagem e a quantidade real de votos e o que isso significa, por exemplo, quando nos indagamos “O que significa ‘rejeição’ no Big Brother Brasil?”.
A forma mais simples de se pensar a rejeição no BBB é analisar a porcentagem de votos recebida por um participante. Chamar a porcentagem de rejeição é feito por vários influencers que comentam o programa, por notícias da própria Globo e outros grandes portais e é, provavelmente, o que a maioria das pessoas deve supor. Antigamente, a quantidade real de votos sequer era mostrada: essa foi uma inovação que surgiu a partir do BBB 21. Não é raro que listas dos “participantes mais rejeitados” contenham apenas a porcentagem e sequer citem a quantidade total de votos naquele paredão, muito menos qual seria a quantidade de votos que o participante eliminado realmente recebeu. Parece que é uma informação de menor importância até para a própria Globo, que removeu esses números no cortes que faz para o canal de YouTube do Big Brother Brasil.
O Paredão Bilionário e os 99%
A edição 19 é considerada fraca em termos de audiência, porém ainda conseguiu atingir alguns marcos: alcançou votações com mais de 150 milhões de voto. Essa marca já tinha sido atingida antes, mas fazia tempo, tendo sido na final do BBB 10. Dessa forma, essa votação entre Carolina, Danrley e Paula ficou em segundo lugar no ranking de maiores votações, acumulando 150.090.640 de votos. Posteriormente, ainda nesta edição, apesar da baixa audiência, outra votação superou essa marca, tornando-se, até então, a maior votação, com 202 milhões de votos.
Já na vigésima edição houve dois grandes marcos: mais de 400 milhões de votos e, a maior votação até hoje, o impressionante paredão com um bilhão e meio de votos. O interesse no BBB 20 foi maior, tendo sido aumentado pela inclusão de participantes celebridades (que correspondem, desde essa edição a cerca de metade do elenco), mas também intensamente potencializado pela pandemia de covid-19. Seja como for, o paredão de 1,5 bilhão de votos foi marcante e entrou para o Guiness Book, quebrando um recorde mundial.
Nesse paredão participaram a influencer Mari Gonzalez, que recebeu apenas 0,76% dos votos; a cantora Manu Gavassi com 42,51%, e eliminou o arquiteto Felipe Prior com 56,73%. O total de votos foram 1.532.944.337 dessa forma a quantidade de votos recebida por ele foi 869.639.322, que corresponde a uma quantidade maior do que a quantidade de votos totais da segunda maior votação, que foi a final do BBB 22, já citada, com 751 milhões. Lembrando que as votações finais do programa invertem a lógica e consistem em votos para consagrar um dos participantes finalistas como vencedores, então a referência é apenas a título de comparação do volume de votos. Enquanto Manu Gavassi sofreu 651.654.637 votos, o que também é um número vultuoso.
Em contrapartida, a maior porcentagem ocorreu no famigerado o paredão em que participou a cantora Karol Conká, com 99,17%. É fácil de observar que o BBB 21 continuou com a crescente do BBB 20 e essas duas edições são lembradas com muito apreço pelos fãs hoje (e ambas foram as mais beneficiadas pela pandemia e pela novidade da inclusão das celebridades entre os participantes). As parcelas de votos de Arthur Picoli e Gilberto (o “Gil do Vigor”) receberam, respectivamente 0,54% e 0,29%, sendo essa a menor porcentagem entre todos os paredões do Big Brother Brasil.
Karol teve, então, cerca de 282.863.365 votos, o que parece pouco diante dos mais de 651 milhões de Manu Gavassi e 869 milhões de Felipe Prior. Muito provavelmente ninguém consideraria que esses participantes do BBB 20 possuem um nível de rejeição maior do que a cantora do BBB 21, o que levaria à conclusão de que, de fato, o melhor indicador da rejeição seria, tão somente, a porcentagem. Quando indagado sobre quem seria o mais rejeitado, Eric Lyra, 34 anos, biólogo, que não assiste ao programa, deduz que seria cantora Karol Conká, tendo em vista que é justamente a eliminação da qual ele mais ouviu falar. Além de identificar pouco apoio, o que chama atenção para um ponto importante: vontade de tirar certo participante pode ser grande em parte da população, porém ele ainda ser gostado por muitos outros, gerando paredões acirrados.
Diante dessa questão, Christian Thorstensen, 29 anos, Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, reflete que “Existe algo de popular no ódio. Então, pode ser que a pessoa mais odiada seja, na verdade, aquela que existem mais pessoas que a odeiam. Portanto, pode ser que mais pessoa a conheçam. Enquanto tem outras pessoas que talvez a intensidade do ódio, a proporção do ódio seja maior”. A proporção de ódio ou amor aos participantes no Big Brother é difícil de medir, mas em parte está contida na porcentagem dos paredões, partindo de um pressuposto que participantes que tenham parte significativa do amor de suas torcidas naturalmente motivem que tais torcidas se organizem para realizar os famosos “mutirões” em que os fãs de determinado participante votam e tentam estimular outros a votarem. Tais ações são frequentemente mediadas por moderadores de grupos de apoio e administradores de páginas do participante.
Votos e porcentagens
Levando em consideração as três últimas edições, uma análise entre a relação entre as porcentagem e a quantidade total de votos. Colocar os participantes do BBB 21 entre aquele com a menor porcentagem até à maior, teríamos a seguinte lista:
- Carla Diaz 44,96%
- Rodolffo 50,48%
- Gil 50,87%
- João 58,86%
- Lumena 61,31%
- Arthur Picoli 61,34%
- Arcrebiano 64,89%
- Caio 70,22%
- Pocah 73,16%
- Sarah 76,76%
- Thaís 82,29%
- Kerline 83,50%
- Projota 91,89%
- ViihTube 96,96%
- Nego Di 98,76%
- Karol Conká 99,17%
Não será considerado o paredão falso que ocorreu no meio da edição, em que os espectadores votavam para o participante que gostariam beneficiar, tendo em vista que a vitória no paredão falso daria vantagens no jogo a quem fosse escolhido. Assim como as votações finais, pelo mesmo motivo. Organizando esses nomes entre aquele que recebeu menos votos até aquele que recebeu mais, a lista ficaria:
- Kerline 24.405.318
- Caio 43.656.087
- Pocah 43.679.209
- João 50.643.195
- Lumena 59.501.429
- Arcrebiano 68.244.524
- Projota 82.161.544
- Thaís 87.686.021
- ViihTube 104.382.191
- Nego Di 166.942.562
- Rodolffo 210.468.446
- Carla Diaz 240.856.830
- Arthur 254.514.880
- Gil 261.660.915
- Karol Conká 282.863.365
- Sarah 502.306.859
Pode-se observar que Kerline foi a menos votada no paredão que a eliminou, enquanto sua posição na lista da menor à maior porcentagem é significativamente pior, estando em décima-segunda em 16 posições. Curiosamente, Carla Diaz é o oposto, tendo tido a menor porcentagem na votação em que foi eliminada, mas entre votos totais, está na décima segunda posição. Mesmo tendo a décima maior porcentagem, o que é uma posição mediana, Sarah foi a mais votada da edição, tendo em vista que sua eliminação teve uma quantidade significativa de votos (com 654.386.216, entre todos os participantes), culminando com uma quantidade de votos que supera significativamente aquela recebida por Karol Conká recebeu.
Seis participantes receberam mais de 200 milhões de votos, superando a quantidade recebida por Nego Di, que ficou com apenas com cerca de 166 milhões, mesmo sendo o segundo em maior porcentagem. Já em relação ao BBB 22, a lista de menor à maior porcentagem é:
- Rodrigo 48,45%
- Luciano 49,31%
- Vinicius 55,87%
- Scooby 55,95%
- Naiara 57,77%
- Jessilane 63,63%
- Eliezer 65,76%
- Brunna 76,18%
- Lina 77,6%
- Lucas 77,54%
- Eslovênia 80,74%
- Gustavo 81,53%
- Natália 83,43%
- Jade Picon 84,93%
- Bárbara 86,02%
- Larissa 88,59%
- Laís 91,25%
E reorganizando na ordem crescente de quantidade de votos, fica:
- Luciano 15.040.152
- Natália 28.252.058
- Lucas 40.072.546
- Eslovênia 40.201.956
- Vinicius 41.252.509
- Rodrigo 58.451.197
- Lina 64.850.039
- Brunna 69.536.267
- Larissa 79.875.182
- Gustavo 80.913.358
- Scooby 86.269.316
- Naiara 85.123.569
- Bárbara 90.942.992
- Laís 143.317.492
- Eliezer 182.866.942
- Jessilane 259.343.841
- Jade Picon 592.980.476
Não é surpresa que Jade teve uma votação desfavorável. Quem assistiu à edição sabe que o conflito entre ela e o vencedor, Arthur Aguiar, foi um dos elementos marcantes do programa. Contudo, colocando a quantidade em perspectiva que fica evidente o volume os votos que tomou, tendo sido a participante mais votada, superando Sarah em mais de 90 milhões de votos.
Isso chama atenção a um aspecto importante em competições como reality shows com votação do público: em disputas mais acirradas, o público se mobiliza para tentar garantir a vitória do participante que admiram mais, imaginando que os fãs do outro participante farão o mesmo. Exatamente como ocorreu no paredão Prior versus Manu e seu bilhão e meio de votos.
Em relação ao BBB 23 desconsiderou-se a votação que eliminou a cantora Marvvila, porque foi uma votação que utilizou regras similares a um paredão falso e às finais, ou seja, votos para que o participante permaneça e não saia. Além de que os participantes Fred Nicácio e Larissa entraram novamente na casa após suas eliminações, mas perderam em outras votações posteriores. Para diferenciar cada momento será usado “(2)” em referência à segunda vez. Dessa forma, tem-se o seguinte, em relação ao número da porcentagem:
- Cristian 48,32%
- Cezar 48,79%
- Larissa (2) 49,98%
- Fred Bruno 50,23%
- Fred Nicácio (2) 51,14%
- Marília 52,7%
- Gabriel 53,3%
- Tina 54,12%
- Key Alves 56,76%
- Gabriel Santana 56,45%
- Sarah Aline 58,2%
- Domitila Barros 59,94%
- Fred Nicácio 62,94%
- Larissa 66,75%
- Ricardo 68,86%
- Fred Nicácio e Marília 69,26%
- Gustavo 71,78%
- Paula 72,5%
Importante esclarecer, também, que o participante Fred Nicácio e Marília eram uma dupla no começo do programa, em que todos os integrantes do elenco tinham sido divididos em duplas e o primeiro paredão consistiu em duas duplas competindo entre si, porém a dupla que perdeu foi a uma área isolada da casa e permaneceu lá, enquanto foi aberta uma segunda votação, para determinar qual participante da dupla seria realmente eliminado do programa.
Nessa votação, quem saiu foi Marília e o número em relação à “Fred Nicácio e Marília” consiste na votação que a dupla sofreu, enquanto a porcentagem atrelada ao nome de Marília é aquela da votação que a eliminou de fato, ocorrida entre ela e Fred Nicácio. Em relação ao número de votos, percebe-se que a edição de 2023 teve uma menor quantidade:
- Larissa (2) 11.087.489
- Marília 17.228.533
- Fred Nicácio e Marília 22.943.711
- Paula 24.923.009
- Tina 25.629.054
- Fred 29.728.630
- Ricardo 44.452.563
- Cristian 45.160.890
- Sarah Aline 49.218.337
- Gabriel 53.347.847
- Key Alves 67.640.437
- Gabriel Santana 68.618.704
- Larissa 73.740.551
- Domitila Barros 74.941.426
- Cezar 88.421.414
- Gustavo 98.190.085
- Fred Nicácio (2) 100.030.349
- Fred Nicácio 139.984.437
A disparidade em relação a Paula é notável: apesar da alta porcentagem, a quantidade de votos não foi tão expressiva. Enquanto Cezar é o oposto: tendo uma alta quantidade de votos, para a edição, mas a segunda menor porcentagem. Caso se analise as três edições simultaneamente, em relação à porcentagem na ordem crescente, tem-se:
- Carla Diaz (21) = 44,96%
- Cristian (23) = 48,32%
- Rodrigo (22) = 48,45%
- Cezar (23) = 48,79%
- Luciano (22) = 49,31%
- Larissa (23) = 49,98%
- Fred Bruno (23) = 50,23%
- Rodolffo (21) = 50,48%
- Gil (21) = 50,87%
- Fred Nicácio (23) = 51,14%
- Marília (23) = 52,7%
- Gabriel Fop (23) = 53,3%
- Tina (23) = 54,12%
- Vinicius (22) = 55,87%
- Scooby (22) = 55,95%
- Gabriel Santana (23) = 56,45%
- Key Alves (23) = 56,76%
- Naiara (22) = 57,77%
- Sarah Aline (23) = 58,2%
- João (21) = 58,86%
- Domitila Barros (23) = 59,94%
- Lumena (21) = 61,31%
- Arthur Piccoli (21) = 61,34%
- Fred Nicácio (23) = 62,94%
- Jessilane (22) = 63,63%
- Arcrebiano (21) = 64,89%
- Eliezer (22) = 65,76%
- Larissa (23) = 66,75%
- Ricardo (23) = 68,86%
- Fred & Marília (23) = 69,26%
- Caio (21) = 70,22%
- Gustavo (23) = 71,78%
- Paula (23) = 72,5%
- Pocah (21) = 73,16%
- Brunna (22) = 76,18%
- Sarah (21) = 76,76%
- Lucas (22) = 77,54%
- Lina (22) = 77,6%
- Eslovênia (22) = 80,74%
- Gustavo (22) = 81,53%
- Thaís (21) = 82,29%
- Natália (22) = 83,43%
- Kerline (21) = 83,5%
- Jade Picon (22) = 84,93%
- Bárbara (22) = 86,02%
- Larissa Tomásia (22) = 88,59%
- Laís (22) = 91,25%
- Projota (21) = 91,89%
- ViihTube (21) = 96,96%
- Nego Di (21) = 98,76%
- Karol Conká (21) = 99,17%
Enquanto a quantidade de votos possa variar significativamente entre as edições, como a menor quantidade de votos da última temporada, a porcentagem não é afetada por isso, mas ainda assim a edição 23 possui menos extremos até mesmo nesse ponto, tendo em vista que sequer passaram de 73%.
Enquanto a lista de votos recebidos pelos participantes nos paredões em que saíram:
- Larissa (2) (23) = 11.087.489
- Luciano (22) = 15.040.152
- Marília (23) = 17.228.533
- Fred & Marília (23) = 22.943.711
- Kerline (21) = 24.405.318
- Paula (23) = 24.923.009
- Tina (23) = 25.629.054
- Natália (22) = 28.252.058
- Fred Bruno (23) = 29.728.630
- Lucas (22) = 40.072.546
- Eslovênia (22) = 40.201.956
- Vinicius (22) = 41.252.509
- Caio (21) = 43.656.087
- Pocah (21) = 43.679.209
- Ricardo (23) = 44.452.563
- Cristian (23) = 45.160.890
- Sarah Aline (23) = 49.218.337
- João (21) = 50.643.195
- Gabriel Fop (23) = 53.347.847
- Rodrigo (22) = 58.451.197
- Lumena (21) = 59.501.429
- Lina (22) = 64.850.039
- Key Alves (23) = 67.640.437
- Gabriel Santana (23) = 68.618.704
- Arcrebiano (21) = 68.244.524
- Brunna (22) = 69.536.267
- Larissa (23) = 73.740.551
- Domitila Barros (23) = 74.941.426
- Larissa Tomásia (22) = 79.875.182
- Gustavo (22) = 80.913.358
- Projota (21) = 82.161.544
- Naiara (22) = 85.123.569
- Scooby (22) = 86.269.316
- Thaís (21) = 87.686.021
- Cezar (23) = 88.421.414
- Bárbara (22) = 90.942.992
- Gustavo (23) = 98.190.085
- Fred Nicácio (2) (23) = 100.030.349
- ViihTube (21) = 104.382.191
- Fred Nicácio (23) = 139.984.437
- Laís (22) = 143.317.492
- Nego Di (21) = 166.942.562
- Eliezer (22) = 182.866.942
- Rodolffo (21) = 210.468.446
- Carla Diaz (21) = 240.856.830
- Arthur Piccoli (21) = 254.514.880
- Jessilane (22) = 259.343.841
- Gil (21) = 261.660.915
- Karol Conká (21) = 282.863.365
- Sarah (21) = 502.306.859
- Jade Picon (22) = 592.980.476
Vislumbrando essas informações é possível observar algumas disparidades, com de Gil do BBB 21 ou Lucas do 22 e situações curiosas como Naiara Azevedo do 22, com 57,77% e Projota do 21 ficou com 91% e ainda assim ele teve menos votos e Pedro Scooby do 22 com 55,95%, tendo ainda mais que ambos.
O que não se vê
Em qualquer análise estatística é importante ter em mente que os dados compõe aquilo que se vê e se pode medir. Entretanto parte do que compõe aquele determinado conjunto sendo pesquisado é justamente aquilo que não se vê. Para uma análise sobre os paredões no Big Brother Brasil seria preciso analisar também quais participantes prevaleceram, já que isso também influencia nas votações.
Há casos de participantes considerados gostados, mas que são eliminados por irem contra outros que são ainda mais apreciados, como provavelmente ocorreu no último paredão (desconsiderando a final) do BBB 21, que teve Gil contra Juliette. Ele era o único que o público supunha ter alguma chance de vence-la na final, portanto a torcida dela se esforçou para afastar essa possibilidade.
Dessa forma, analisar verdadeiramente o que é a rejeição no BBB é uma tarefa mais difícil do que parece, não bastando ver as porcentagens dos paredões, por mais que sejam bons indicadores. Então os entusiastas do programa devem ter algum cuidado antes de tirarem conclusões.
Base de dados:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1O3wCoO-JeBTiKonxgL6nhi2P4EKfXVlUeI7sij9O3QU/edit?usp=sharing
Fontes e Referências
Os dados em relação ao número de votações e suas porcentagens foram extraídos diretamente de exibições do programa no Globoplay e nos vídeos do canal oficial no YouTube, naqueles em que a quantidade de votos não foi removida. Além de consultas a diversos sites.
UVA Dados 